“18 Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.
19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Mateus 28:18-20)
Essa é uma das passagens mais lidas quando se fala em Missões. Afinal, a Grande Comissão foram as últimas palavras do próprio Jesus na terra, antes de subir para assentar-se à destra do Pai. Creio que até hoje não entendemos completamente esta missão que Jesus nos deu, que, por ser a última delas, deveria ser considerada a mais importante. Vamos ver se conseguimos aprender um pouco mais sobre ela:
A Grande Comissão é uma Grande Co-Missão
O versículo 19 começa assim: “Ide, portanto…”. A palavra portanto significa que o que vem após ela só acontecerá se o que a antecede for verdade. E o que vem antes? As palavras de Jesus, no versículo 18:
“Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.”
Em outras palavras, o que Jesus estava nos dizendo era o seguinte: “Deus me comissionou e me autorizou a comissioná-los.” Ou seja, só temos a nossa missão, quando entendermos que ela é, na verdade, a missão de Cristo. É uma co-missão: uma missão em parceria com Jesus. Se não entendermos que estamos cumprindo a missão da Igreja por Ele, então estamos indo no caminho errado. Ouvi recentemente em um podcast sobre missões assim:
“Não ame a sua missão mais do que você ama o seu Salvador.”
Se transformarmos a Grande Comissão em Minha Grande Missão, estaremos perdendo o foco: a missão é d’Ele. Não podemos achar que é “nosso ministério”, “nossa igreja”, “nossas ovelhas”, mas é tudo d’Ele. Somos apenas Seus servos, comissionados por Ele para o trabalho.
A Grande Comissão é a Missão da Igreja
Essa missão foi dada por Jesus antes do livro de Atos, onde lemos sobre a Igreja Primitiva. E Jesus falou: “fazei discípulos de todas as nações”. De todas as nações. Isso foi falado antes de “partirem pão de casa em casa” (Atos 2:46), e de terem igrejas nas casas (Rom. 16:14; 1 Co. 16:19; Col. 4:15). E os discípulos começaram a fazer isso.
Uma das grandes desculpas que dão para não investirem em missões transculturais é baseada em Atos 1:8 “sereis minhas testemunhas em Jerusalém, Judeia, Samaria e aos confins da terra“. Dizem que primeiro temos que evangelizar nosso bairro, depois nossa cidade, depois nosso país, e só então podemos ir a outras nações.
Deixo uma pergunta muito simples: Quando o apóstolo Paulo chegou na Grécia em suas viagens missionárias, toda Jerusalém já estava salva? Inclusive os fariseus, saduceus, e soldados romanos que lá moravam? E quando ele foi até Roma, todos da Judeia e Samaria já tinham aceitado a Jesus como o Messias prometido?
A resposta é clara: Não!
Eles entenderam que não é uma sucessão – “Jerusalém”, depois “Judeia”, depois “Samaria” e só no final, “aos confins da terra” -, mas são ações simultâneas!
A Grande Comissão foi dada para a Igreja, não para denominações. Que tipo de corpo nós somos se a mão não ajuda o pé e o olho não ajuda o ombro?
A Grande Comissão não é uma missão nossa, mas dada por Jesus para a Igreja!
Um só corpo, Um só Deus e Pai, um só Espirito!!!!