Traduzido de “Does Missions Separate Families?”
Amanhã, meu cunhado e sua família entrarão em um avião e voarão para a África. Eu não os verei novamente por três anos, exceto através de algumas fotos mandadas por email ou uma conexão cortada via Skype.
Eu brinco que vou sabotar a viagem deles ao aeroporto. E parte de mim realmente quer fazer isso. Porque, no fundo, eu não quero que eles vão. Gostei de tê-los e suas três doces filhas por perto nos últimos seis meses. Elas foram os primeiros a ensinaram minha filha, Selah, a como ter uma festa do chá de verdade, e fizeram barulhos de elefantes e cantaram “Let it Go” com toda a força dos pulmões. Quando corriam na grama descalços ela corria atrás. Enquanto elas dançavam loucamente na sala no verão, ela os imitou. Ela adora elas, como se fosse suas próprias irmãs mais velhas. Elas a pegam pela mão, sussurram no seus ouvidos, e dão gargalhadas das suas expressões, e a puxam para um segundo abraço. E agora, elas vão embora.
Missões separa famílias?
Eu acho que o impulso é responder “sim”.
Eles foram para a África três anos e meio atrás. Nesse tempo, eles perderam nascimentos de algumas sobrinhas e um sobrinho. A morte de um avô. Eles perderam todos os dias de Ação de Graças e Natais e noites de jogos. Eles perderam situações tristes e vitórias. Eles perderam a vida aqui, por três anos.
E não por uma vida fácil. Mas por um calor como de um forno, e poeira, e dificuldade. E suor constante. E risco. Risco de violência e perseguição. Risco de doenças, e enfermidades. Risco de grupos terroristas, e animais selvagens. Risco de sequestradores, e tratamento médico inadequado quando realmente precisavam.
Eu vejo essas três menininhas sem medo, cuja mãe está grávida do seu primeiro irmaozinho, e tremo de pensar que ele nascerá lá.
A pergunta que inevitavelmente aparece é: Por que eles estão fazendo isso?
Uma noite após o jantar em nossa casa, enquanto acabávamos com o que restou do pão de alho, perguntei ao meu cunhado: “Então, como você… superou todo o medo?” Eu acho que ele riu do meu medo do Ebola. E então olhou para mim e disse com uma simplicidade única: “Eu tenho medo de algumas coisas. Tenho muito medo de voar. Mas eu tenho mais medo de não obedecer a Deus.”
E essa é a diferença. Eu vejo o risco, o perigo, a perda. Ele vê a recompensa. O ganho. A alegria.
Ele e sua esposa veem o inferno como uma realidade. E amor como um mandamento. E o Evangelho como algo real. E eles o estão fazendo. Eles o estão vivendo. Eles realmente amam a Jesus. E creem que Ele está voltando. E eles realmente amam trazer outros para a Sua família.
Enquanto sentimos que estamos perdendo um irmão e uma irmã, eles estão, na verdade, resgatando irmãos e irmãs perdidos e trazendo-os para o Reino de Deus.
Embora sentiremos saudades de suas filhas e seu filho, eles estarão resgatando filhas e filhos e trazendo-os à família de Deus.
Eles nos deixam para resgatar a outros, para trazer outros à família, a família de Deus. A família que viverá para sempre. E as portas do inferno não prevalecerão contra essa missão. Porque é a missão para a qual fomos chamados por Jesus.
Missões separa famílias?
Sim. Por um tempo.
Mas ela também a expande. Convidando perdidos para uma família. Aqueles que não tinham família, nem esperança, que estavam do lado de fora e separados de Deus. (Efésios 2).
Pode haver alguns assentos vazios no nosso próximo jantar de Ação de Graças. Mas, por aqueles lugares estarem vazios, significa que outros lugares estarão sendo preparados nas Bodas do Cordeiro. Porque irmãos e irmãs perdidos que moram do outro lado do oceano, cuja pele é mais escura que a nossa, cuja língua é diferente da nossa, serão convidados a entrarem na família de Deus, e serão chamados pela primeira vez de filhos e filhas, e ganharão um lugar na mesa de Deus para sempre.
Um dia, nos uniremos novamente, todos nós, aqueles que estão longe, e aqueles trazidos para perto, como uma família, com alegria exultante. E ali, na presença de Cristo, veremos que missões nunca separou nossa família.
No final das contas, a fez crescer.
Concordo em que faz crescer. A nossa verdadeira familia que e a de Deus!