Transformação!

“Não vos conformeis com esse século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)

Ultimamente, tenho visto que muitos da chamada “Igreja de Cristo” têm, aparentemente, tido dificuldades de entender esse versículo. Não sei se é por ignorância, ou deliberadamente. . .  o que sei é que muitos têm se amoldado à cultura do presente século, ao invés de viverem o cristianismo puro e simples, ensinado por Jesus, que transforma culturas.

A Bíblia nos diz, claramente, que não devemos nos conformar com este mundo, ou seja, não devemos tomar a sua forma. Entretanto, o que tenho visto em muitos lugares não é nada animador: o mundo sendo trazido pra dentro da “igreja”, o pecado sendo visto como algo relativo, pessoas cada vez menos compromissadas com Deus, achando que, só por irem a determinado culto ou reunião, estão fazendo um “favor” ao Senhor e cumprindo alguma obrigação; o fogo do amor por Deus sendo substituído pela frieza da religiosidade, e a lista continua. Entenda-me bem: não estou querendo, aqui, generalizar nada. Só estou discorrendo a respeito de uma triste realidade que parte da Noiva de Cristo tem vivido.

Nós vivemos em uma sociedade onde “tudo é relativo”. Entretanto, nós temos um Deus que é ABSOLUTO. Logo, entramos em conflito com a sociedade. Se para o mundo o certo e o errado são questões de ponto de vista, para nós não são. Temos a Palavra de Deus, a Bíblia, como verdade absoluta de todas as coisas, o nosso padrão do que é certo e do que é errado. Ponto final! Não há mais o que discutir em relação a isso. Nós pensamos (ou deveríamos pensar!) diferente do mundo!

Por essa razão, conformar-se com este século não é algo viável para a verdadeira Noiva de Cristo. Ela deve manter-se santa, separada, com suas convicções fundamentadas naquilo que o Noivo diz.

A vida cristã é uma caminhada. A cada dia, descobrimos o quanto precisamos ser transformados por Deus, seja em nosso caráter, seja em nossas atitudes, ações, reações, pensamentos etc. Vemos, no texto de Romanos, que a transformação vem pela “renovação da nossa mente”. Isso é algo simples de entender: não há como se abrir a uma nova vida com os mesmos conceitos de uma velha vida. Em outras palavras, renovar a nossa mente, o nosso entendimento, nada mais é do que estar em constante mudança de pensamentos, atitudes e padrões que não estão de acordo com os pensamentos, atitudes e padrões de Cristo. . .  é tornar nova a nossa mente para que somente aquilo que é e vem de Cristo esteja nela! É uma vivência diária com a novidade de vida que o Senhor nos oferece e o reconhecimento de que necessitamos ser mudados todos os dias.

Quero ressaltar, ainda, que a renovação do nosso entendimento só ocorre quando deixamos nosso orgulho de lado. Ora, se não percebemos que precisamos de mudança, como iremos mudar? Se achamos que está tudo bem conosco e que não há nada para ser transformado em nosso ser, Deus não pode agir em nós. A própria Bíblia diz que “Deus resiste ao soberbos, mas aos humildes concede Sua graça ” (I Pedro 5:5). Deus nunca irá contra o nosso livre arbítrio. Logo, se deixamos que nossa soberba controle nossas ações, nunca teremos uma mente renovada!

Creio que é isso que tem acontecido em parte da igreja hoje em dia. Pessoas têm, cada vez mais, enveredado pelo caminho da religiosidade, da “superioridade” teológica, da frieza espiritual, da soberba ministerial, e se afastado mais e mais do verdadeiro amor a Cristo e às almas! Só pensam em números e, se para isso for necessário pregar um evangelho de conciliação com o mundo, não de renúncia, assim o fazem – negociam as verdades absolutas de Deus com o relativismo mundano. Tomam a forma desse mundo, “tendo aparência de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder” (II Timóteo 3:5). Aiden W. Tozer escreveu a respeito disso, em seu texto intitulado “A velha e a nova cruz” (http://www.monergismo.com/textos/cruz/cruz_tozer.htm – texto completo).

Nós, como Igreja de Cristo, só viveremos a plenitude de Sua vontade quando realmente entendermos que “a amizade do mundo é inimiga de Deus” (Tiago 4:4), que não há como conciliar os valores terrenos com os celestiais! Temos que amar os que estão no mundo, não amar o mundo que está neles. Temos que buscar o novo de Deus e reconhecer que, em Cristo, podemos ser transformados e renovados a cada dia!

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